Ensino superior: quais as tendências para 2022?

A pandemia da Covid-19 fez com que a sociedade adotasse muitas mudanças. Com tantos aspectos do dia a dia que sofreram alterações, não foi diferente para o ensino superior.

Embora já seja possível dizer que estamos caminhando para o fim da pandemia, alguns dos novos hábitos que adquirimos prometem permanecer.

Nos últimos anos, nossa sociedade vem sofrendo transformações constantes, gerando novos hábitos e também novas necessidades.

Assim, era apenas uma questão de tempo até que as instituições procurassem se adaptar a esse novo cenário.

Continue a leitura do post e conheça as principais tendências para o ensino superior no ano de 2022! 

Tendências no ensino superior para 2022

Dados de 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 82,7% dos domicílios brasileiros contavam com acesso à internet.

O número não é apenas alto, mas superior ao dos anos anteriores, indicando um crescimento desse acesso.

Assim, com a entrada da internet na vida da população, as informações chegam mais rápido, a comunicação torna-se instantânea e a locomoção já não é sempre necessária.

Esses são todos fatores que afetam o setor educacional, fazendo com que seja mais prático e desejável para muitos estudantes aderirem a sistemas que diferem do convencional.

Tendo isso em mente, podem ser apontadas algumas das tendências que devem crescer no ensino superior em 2022.

Ensino híbrido

O ensino híbrido é uma modalidade que concilia o contato face a face das aulas presenciais e a praticidade das atividades remotas.

Através dele, é possível manter as práticas em sala de aula e ampliar as possibilidades através do sistema online.

Aulas teóricas, por exemplo, podem ser guiadas remotamente, enquanto disciplinas que exigem aulas práticas podem ser realizadas presencialmente.

Trata-se de uma alternativa bastante procurada por estudantes que sentem necessidade de estar no ambiente presencial da universidade, mas que reconhecem as vantagens e praticidades trazidas pelo ensino remoto.

Para garantir um bom resultado, é preciso investir em um planejamento adequado das disciplinas, que se adapte de forma eficaz à modalidade.

O ambiente virtual, por exemplo, apresenta inúmeras possibilidades a serem exploradas, como é o caso da utilização de simulações em laboratórios online.

EaD

O ensino à distância é a grande estrela desde o início da pandemia, com um crescimento significativo.

Na pós-graduação, por exemplo, o aumento foi de 288%, segundo dados do levantamento elaborado pelo Instituto Semesp.

Muitos estudantes que ainda apresentavam certo receio em relação à modalidade se viram obrigados a fazer parte dela.

Em muitos casos, a experiência se mostrou positiva, pois permitiu que os alunos conhecessem os benefícios trazidos pelo ensino remoto.

Entre eles, estão o desenvolvimento da capacidade de autonomia, a flexibilidade na organização de horários e o uso de ferramentas inovadoras durante o processo.

Microlearning

Pesquisas apontam que uma pessoa consegue se manter concentrada por uma média de 7 a 10 minutos. 

O mundo do entretenimento já tomou conhecimento disso, oferecendo músicas, vídeos e demais conteúdos com uma duração cada vez menor.

É por esse motivo que cresce a presença da estratégia de microlearning no ensino superior.

A técnica consiste em utilizar ferramentas e objetos de aprendizagem que tenham uma duração mais curta, para que o foco do aluno seja otimizado durante o estudo.

Dessa forma, são evitadas aulas longas e demais conteúdos que exijam grandes períodos de concentração.

Acredita-se que, quando o material apresenta uma duração prolongada, o estudante não consiga absorver todas as informações contidas nele.

Por isso, vídeos, textos, podcasts e demais instrumentos de ensino concentram o conhecimento de forma mais concisa e direta, visando a retenção das informações.

É uma tendência que acompanha os movimentos já observados em outras esferas, como o entretenimento, e pode gerar bons resultados para os estudantes com dificuldade de manter o foco.

Real skills

Com tantas mudanças ocorrendo na sociedade, é natural que o mercado de trabalho não saia ileso.

O foco no aprendizado das real skills pretende preparar melhor o indivíduo para as funções que desempenhe após sua formação.

As hard e soft skills já são mais conhecidas nesse meio e não deixam de ter sua importância nesse processo. 

Essas primeiras correspondem aos conhecimentos técnicos exigidos de um profissional para que assuma determinado cargo.

Ou seja, ter realizado uma graduação, possuir conhecimento de idiomas e ter feito outros cursos referentes à área em questão. 

Já as soft skills são as habilidades comportamentais e emocionais que permitem que a pessoa realize sua função de forma eficiente.

Alguns exemplos são a capacidade de comunicação, controle emocional e proatividade.

As hard skills, por sua vez, vão um passo além e buscam unir esses dois elementos.

Adquirir essas habilidades significa desenvolver tanto o conhecimento técnico quanto o aspecto comportamental, trazendo profissionais mais preparados para o mercado de trabalho.

Cursos de extensão de pequena e média duração

Essas constantes transformações que ocorrem no mercado de trabalho também exigem que os profissionais se mantenham atualizados.

Assim, ter concluído um curso de ensino superior certamente agrega muito conhecimento, mas já não é o suficiente para acompanhar as mudanças.

Nesse sentido, surgem os cursos de extensão de pequena e média duração, que possibilitam uma formação contínua para quem já está inserido no mercado.

Através desse tipo de curso, é possível estudar e aprender diversas competências que complementam a formação inicial, aprimorando cada vez mais o desempenho profissional.

Além disso, tendo em vista que muitos desses cursos ocorrem de forma online, é possível conciliar sua realização com os horários de trabalho já estabelecidos.

Por isso, essa é mais uma das tendências para o setor educacional em 2022 que tende a ficar ainda mais forte nos próximos anos.

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